sexta-feira, 1 de maio de 2020

Você já ouviu falar do fibroadenoma ?

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Quando mulheres sentem um caroço na mama, geralmente, ficam assustadas e temem ser um câncer de mama. Porém, o câncer não é a única doença que atinge as mamas. Uma das condições mais comuns em mulheres jovens, entre 20 e 40 anos, é o desenvolvimento de um tumor benigno chamado fibroadenoma. Além das mamas, ele pode surgir nas axilas, principalmente em mulheres que possuem tecido mamário nessa região.

O que é fibroadenoma na mama?

O fibroadenoma representa o tumor benigno de mama mais prevalente. De acordo com a Americana Cancer Society, ele é constituído por tecido glandular e tecido estromal. Geralmente, são encontrados em mulheres mais jovens, mas podem ser encontrados em mulheres de qualquer idade. Os homens podem ter fibroadenomas, mas é raro.
A causa do fibroadenoma é desconhecida, mas pode estar relacionada com hormônios reprodutivos. Observa-se durante o final do ciclo menstrual e na gravidez um aumento do tumor, portanto, isso mostra que há uma estreita relação do nódulo com os hormônios femininos, principalmente porque são raros os casos de fibroadenoma no pós-parto e na menopausa. Inclusive, a American Cancer Society afirma que ele tende a encolher depois que uma mulher passa pela menopausa.

Sintomas de fibroadenoma

Fibroadenomas são caracterizados por nódulos sólidos que geralmente:
  • São duros;
  • Movem-se facilmente sob a pele;
  • São suaves e lisos ao toque;
  • Tem entre 2 e 3 cm.
Fibroadenoma doi?

Os fibroadenomas normalmente são indolores. Porém, em alguns períodos específicos, como perto da menstruação, eles podem causar desconforto e dor.

Tipos de fibroadenoma

Fibroadenoma simples

A maioria dos fibroadenomas possuem aspecto uniforme quando vistos em microscópio e são chamados de fibroadenomas simples. Eles não são um fator de risco para desenvolvimento de câncer.

Fibroadenoma complexo

Já os complexos são aqueles que apresentam alterações, como crescimento excessivo de células (hiperplasia). Portanto, não são morfologicamente constantes. De acordo com a Mayo Clinic, podem aumentar levemente o risco de desenvolver câncer de mama.

Fibroadenoma gigante

Se o fibroadenoma o crescer e chegar a ter mais de 5 cm pode ser chamado de fibroadenoma gigante. Não são tão comuns.

Fibroadenoma juvenil

Este é um tipo de tumor benigno em meninas e adolescentes em entre 10 e 18 anos. Podem diminuir com o tempo e alguns desaparecem.

Diagnóstico

Alguns fibroadenomas são encontrados em exames de imagem, como mamografias e ultrassonografia. Mas é necessária uma biópsia para saber se o tumor é um fibroadenoma ou algum outro problema.

Tratamentos para fibroadenoma

Na maior parte dos casos, não há necessidade de tratamento, pois cerca de 10 a 20% dos fibroadenomas podem desaparecer. Portanto, geralmente, o mastologista indica apenas o monitoramento do desenvolvimento do nódulo. Entre 10 e 20% podem aumentar de tamanho e necessitar de tratamento cirúrgico. Vale lembrar que todo tratamento é individualizado, ou seja, cada paciente recebe um acompanhamento de acordo com os resultados dos exames e avaliação médica.
Entretanto, há um protocolo clínico para o manejo conservador, ou seja, sem a necessidade de cirurgia, desde que os seguintes critérios sejam seguidos:
  • Exame anatomopatológico com resultado positivo para tumor benigno;
  • O diagnóstico não inclua fibroadenoma complexos ou lesões intraductais de risco;
  • Nódulo menor que 2 cm e aceitação do paciente em conviver com o nódulo;
  • Idade inferior a 30 anos.

Fibroadenoma pode virar câncer?

Como foi falado antes, a maioria dos fibroadenomas são simples e não aumentam o risco de câncer de mama. De acordo com a organização Radiopaedia, o risco de transformação maligna é extremamente baixo e tem sido relatado em torno de 0,0125-0,3%.
Por fim, o mais importante é fazer os exames preventivos anuais da mulher, mamografia anual após os 40 anos e ficar de olho em possíveis alterações nas mamas. A boa notícia é que embora comum, o fibroadenoma é uma condição benigna, mas que deve ser avaliado e acompanhado.


Fonte:  Dr. Silvio Bromberg

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

O Desafio é Reaprender a Viver o Dia a Dia

Hj, vou falar por mim ok? Não tenho a pretensão de servir de exemplo e, por isso, quando falo aqui é de uma maneira muito particular. Dividindo com vcs, como eu tenho lidado nesses anos com o pós diagnóstico do câncer.

Eu, em em nenhuma fase do meu tratamento, tomei algum tipo de ansiolíticos ou calmantes. Isso não significa que eles não sejam úteis e bem vindos na dosagem certa para muitas pessoas.

Tive fases em que demorava mais um pouco para dormir ou acordava no meio da noite com aquela sensação de angústia perdendo o sono, sensação de calores, pensamentos soturnos e macabros, graças um pouco tbm com a contribuição do uso Anastrozol. Isso acaba mexendo com o nosso emocional não é mesmo? Mexeu com o meu, apesar de eu ser uma pessoa extremamente positiva.

Pois bem, faço meus exames regulares e até o momento tudo está correndo bem. Sou uma pessoa de personalidade muito questionadora, curiosa e nem com a idade, isso diminuiu. 😁. Além disso, sempre tive minhas paixões por temas que hj se tornaram mais polêmicos e que me tiram daquela zona de conforto "zen" demais para o meu gosto e que não fazem parte do meu perfil. 

Dentro desse contexto, o muito óbvio é a necessidade de livrar nossas emoções desse medo do futuro, do desconhecido, das incertezas que teimam muitas vezes em vir nos assombrar nos momentos de silêncio ou noturnos (pq a noite é mais solitária e muotas vezes se torna sombria, com perguntas que surgem e não temos respostas. "O destino a Deus pertence", dizem as que têm fé, mas achei para mim outras alternativas mais palpáveis, para lidar com a realidade do destino. 

Existem muitas formas para diminuir esses sintomas de ansiedade e de estresse emocional. Ocupar a mente e o físico são, de fato, muito importantes. Fora nossas obrigações do dia a dia que são mesmo "obrigações", buscar algo que dê prazer dentro das possibilidades, é desejável.

Exercícios físicos sejam na academia ou andar de bicicleta, caminhar, nadar, jogar video game (😁😁😁), pilates e yoga tbm podem trazer o tão desejado equilíbrio. Voltar a estudar, ler, fazer algum trabalho manual, trabalho voluntário podem ser algumas alternativas. Fazer planos, sem essa de ter que esperar cinco anos pra recomeçar. Projetos tbm ajudam muito e se tiver um companheiro, amiga, parente prá fazer isso tudo junto, melhor ainda! Até um carteado nos fins de semana cai bem. Quem sabe um fim de tarde em um lugar bonito da cidade com uma paisagem de impactante paz. Até mesmo um bom baseado de vez em quando. Ter vida social é essencial!!! Não esqueçam de tirar uma hora do dia prá jogar conversa fora com assuntos mais leves, divertidos.

Mas, além de tudo isso, como boa filha de portugueses, aprecio muito um vinho e quase sempre fecho minhas noites com um filme, boa conversa e uma ou duas taças de vinho. A companhia do meu marido que trabalhava fora ficando distante por muitos dias e por vários anos, mas que se aposentou no ano passado tbm tem sido fundamental para melhorar minha qualidade de vida.
Levar a vida mais leve! É, eu sei que nem todo mundo consegue isso pq para muitas, as dificuldades são imensas. Reconheço que as oportunidades, às vezes, não se apresentam para todas da mesma forma. Mas, dentro do possível, acho que sempre tem uma solução considerando que nem tudo que é bom para mim, será para os outros. Portanto, não um sou um exemplo. Sou, apenas mais uma compartilhando experiências com vcs nesse nosso universo.

Creio que a fórmula que encontrei para mim, até o momento, tem sido melhor que me entupir de Rivotril que só me deixaria derrubada numa cama e lesada no dia seguinte. Como se a alma estivesse separada do corpo. É isso!

Gostaria de saber, e para vcs? Como tem sido? Encontraram alguma fórmula?

Sou Águeda Nunes 7 anos pós diagnóstico do câncer, sentindo-se realizada e feliz !💓



segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A importância de Se Sentir Amado

Vamos falar do apoio de quem nos ama após um diagnóstico tão terrível: Sou imensamente privilegiada!  Não me faltou carinho, motivação e cuidado permanente de toda a minha família. Em especial minha filha mais velha que se esmerou como minha cuidadora, enfermeira, motorista etc. Acompanhou-me em todos os momentos, passou por noites insones sempre atenta as minhas necessidades, seja com uma sopa quentinha, um suco, um curativo, um xarope para tosse ou um saquinho de emergência Aff e quantos!). Se preocupando com meu conforto, abrindo mão de sua própria família e de seus projetos para se dedicar exclusivamente a mim. Merece depois um relato apenas sobre ela e o farei. Filha iluminada! Não sei o que teria sido de mim, sem a sua vigília.

Mas, hoje vou falar do meu parceiro, da presença masculina na vida de uma mulher que descobre ter câncer de mama e o quanto ele tem um papel importante nesse momento.


Se não fosse a gravidade da doença por si só, que nos traz o pior de todos os medos, que é o da morte. Se não fosse toda a agressividade que o tratamento longo nos causa ao organismo com fraqueza, náuseas, vômitos, dores e lágrimas. Ainda enfrentamos o impacto da desconstrução de nossa autoestima. Perdemos o que de mais temos de precioso e que carrega o peso da nossa feminilidade. Simultaneamente de um só golpe, nos são arrancados os seios e os cabelos.

Como sobreviver a tantas perdas de uma só vez? Como suportar? Então nasce outro medo. O medo do abandono. A gente se questiona: Como meu marido vai reagir depois que eu me transformar em uma mulher sem seios, sem cabelos e sem saúde?

Nada pode descrever todo o impacto que o câncer de mama, infringe a uma mulher. Não sendo o bastante para enfrentar que é a luta pela vida, ainda somos despidas no corpo de tantos elementos que a nossa alma dói e fica exposta imensa, profundamente como uma ferida aberta. Impossível de esconder, difícil de curar.


No meu caso, sobretudo, ainda havia a distancia imposta pelo trabalho dele. Mas, o destino conspirou ao meu favor quando colocou em minha vida uma família especial e um companheiro iluminado.

Nada do que relatei até agora foi barreira para que ele se tornasse presente ao meu lado em todas as fases do meu tratamento. Sem descanso e sem me dar tempo de pensar no pior, não permitindo que a depressão se alojasse em meu coração.

Ninguém soube tão fortemente tomar para si a minha luta, como meu marido. Seus olhos nunca fugiram dos meus. Apesar do trabalho, esteve comigo em todos os momentos mais cruciais como a primeira consulta após o diagnóstico, para planejar quais seriam as armas disponíveis para enfrentar a batalha dali por diante.  E foi com rosas e um sorriso amoroso que ele surgiu de surpresa no quarto do hospital após a primeira mastectomia (fiz duas).

Foi com ternura e afeto, que ele me abraçou quando os cabelos, sobrancelhas e cílios se foram...

Foi mesmo estando a quilômetros de distancia, que sua voz e palavras de força e carinho me ajudaram a enfrentar cada obstáculo e mal estar que sentia em cada ciclo da quimioterapia.

Foi com imensa compaixão e gentileza que me apoiou em cada uma das duas rejeições de reconstrução da mama que não deram certo.

Transferir mesmo a distância toda confiança, coragem, apoio e carinho que eu necessitava, foi para ele com certeza o maior desafio enfrentado. Priorizar a mim e as minhas necessidades e não ter muitas vezes com quem dividir ou desabafar sobre seus próprios problemas, foi talvez prova de fogo a ele imposta. Olhar primeiro para o outro. Quantas pessoas são capazes de tamanho sacrifício por seu parceiro? Foi uma temporada apenas de via única, sem troca ou retorno.

Para mim, sempre será pouco a dizer do quanto foi importante e me fortaleceu cada gesto, cada palavra, cada movimento dado por ele em minha direção.

Graças a sua proteção, carinho, alegria e dedicação, eu sobrevivi e superei as cicatrizes que não tem mais importância, pois apesar de toda luta, jamais deixei de me sentir mulher!

Como diz uma amiga "Eu não sou o que me falta!" Essa certeza não me abandonou porque senti em meu marido e parceiro de tantos anos, os laços fortes que nos une.

Se tudo foi superado, foi graças ao seu empenho cúmplice...

Que todas as mulheres com câncer, possam ter parceiros que não só carreguem o status de "marido", mas que seja o guerreiro cúmplice e solidário nessa luta. Que seja a força que ampara seu momento frágil!

Vc foi isso para mim... Obrigado Deltinho... Te amo!!!

sábado, 16 de agosto de 2014

A função do tempo




“O tempo passa. O fôlego retorna. Parece milagre, mas a semente da cura começam a florescer nos mesmos jardins onde parecia que outra flor não brotaria mais. A alma é sábia, enquanto achamos que só existe dor, ela trabalha em silêncio para tecer o momento novo. E ele chega.”