Esses dias caminhando em direção ao metrô, via as pessoas indo e vindo, algumas assentidas das suas posições na sociedade, outras em massa de manobra sem ter noção do real motivo de estarem ali.
Volta
e meia no decorrer da vida, e suas ranhuras, chegamos em algumas linhas
de raciocínio que parece que ninguém irá nos entender. E realmente não
irá. Quando porventura, ou por uma aventura, nos encontramos em um
estado de espírito denominado “sei lá” a tal ponto que nem realmente nós
conseguimos contextualizar as nossas aflições, a única solução é:
serenar.
Existem
coisas que não precisam ser entendidas, aceitas ou estar dentro dos
padrões da sua família ou sociedade. Tentar entender tudo é chato e
coabitar com os próprios pensamentos encharcados de dúvidas todos os
dias é uma faísca para despertar a própria loucura.
Relaxar
é fluência, não displicência. Saber relaxar também é uma inteligência
direcionada, é saber ressignificar as prioridades e tirar mais tempo
para viver. Confesso, quando penso demais e fico nesse emaranhado de
dúvidas, simplesmente durmo, caminho, tomo um banho… Pois acredito que
pensar demais posterga os sonhos e assim cria dúvidas desnecessárias
sobre um futuro totalmente hipotético. Pensar demais anula a vida em sua
essência. Pensar demais mata a sanidade.
Então
se eu pudesse dar uma dica seria: se livre das suas razões. Você não
precisa ter razão de tudo, ser onisciente e totalmente presente em todas
realidades. Suas verdades não são absolutas e algumas soluções da vida
são paliáveis. A vida guia, transforma, muda de rumo e mudar de opinião é
saudável. Continuar com a mesma opinião às vezes também saudável. Pouco
saudável é depender de terceiros para delimitar seus passos.
Os
outros estão vestindo as lentes deles, que na maioria das vezes, não
são do mesmo grau que as nossas. Conselhos devem ser ouvidos, mas muito
bem ponderados dentre a nossa realidade. Os outros nunca saberão o que
estamos realmente sentindo. Pois para eles as suas frescuras são
traumas, e seus traumas podem soar como frescuras.
Até
hoje sinto dificuldade de me libertar de algumas amarras que a vida e a
sociedade me impuseram. De certas ressacas morais, de certas incertezas
sobre meu futuro. Não podemos ser vítimas de nós mesmos. Hoje concordo
que meu maior inimigo sou eu mesmo. Minhas regras internas. Meus dogmas
sem sentido. Meus medos estranhos. Minhas ansiedades vazias.
Amar,
sentir, sofrer, isso é saudável. Inóspito é ser vazio, não ter do que
falar, do que chorar, do que lembrar. A vazies é violenta. A falta de
esmero pela vida é violenta.
Mas,
e o que seria da vida se as dúvidas não se multiplicassem, os focos se
perdessem, os sonhos se cessassem… Às vezes devemos pegar e jogar tudo
para o alto, mas às vezes só devemos continuar o que estamos fazendo e
aquietar nossos ânimos. Lembre-se, o inconsciente sempre nos vê por
baixo das cortinas.
Frederico Elboni
Quando li este texto, de cara senti que descreve exatamente como me sinto... Tenho câncer, posso morrer sim, porém, ainda não morri. Estou aqui e ainda sou a favor de que a vida longa ou curta, deve ser vivida intensamente, de forma plena! Vida é dádiva. Se aqui estou é porque tenho direito a ela e se ela quer me escapar, cabe somente a mim, resgatá-la e fazer cumprir o tempo que me é determinado para viver e ser feliz! Sem ressentimentos, revoltas ou tempo a perder. O encanto da vida é ser feliz!
Águeda
Quando li este texto, de cara senti que descreve exatamente como me sinto... Tenho câncer, posso morrer sim, porém, ainda não morri. Estou aqui e ainda sou a favor de que a vida longa ou curta, deve ser vivida intensamente, de forma plena! Vida é dádiva. Se aqui estou é porque tenho direito a ela e se ela quer me escapar, cabe somente a mim, resgatá-la e fazer cumprir o tempo que me é determinado para viver e ser feliz! Sem ressentimentos, revoltas ou tempo a perder. O encanto da vida é ser feliz!
Águeda
2 comentários:
Você compartilhou com esse post uma verdadeira preciosidade.
Muito obrigada.
Bjs.
Wilma
Porque me identifiquei instantaneamente com este texto? Porque estou no mesmo barco, e tenho a mesma figurinha carimbada (CA de mama). Adorei tbm porque não sou boa com palavras e jamais iria conseguir expressar tão claro como estou me sentindo neste momento.
Genial!
Postar um comentário